A Polícia Federal deverá marcar presença nas comemorações da proclamação da República em Marechal Deodoro. A intenção é evitar que vândalos que estão sendo contratados por um grupo de políticos derrotados na última eleição, estraguem o brilho da festa que a Prefeitura e Governo do Estado estão preparando para a população de toda Alagoas que deverá visitar a cidade nos dias 13, 14 e 15. O Prefeito Cristiano Matheus esteve esta tarde na sede da Polícia Federal no bairro do Jaraguá para formalizar mais denúncias contra o ex-prefeito Danilo Dâmaso, que responde há vários processos por desvio de verbas públicas, entre eles, até mesmo de trabalho escravo no Pará. Dâmaso chegou a ficar uma temporada encarcerado num cubículo da Polícia Federal depois que o Ministério Público provou que ele roubava o dinheiro que deveria ser usado para comprar comida para as criancinhas da rede pública municipal. Entre as denúncias apresentadas por Cristiano Matheus à Polícia Federal, está o desaparecimento de R$ 1,2 milhões de uma das contas da prefeitura. Este dinheiro teria sido pago pela direção do Banco do Brasil, para que a prefeitura continuasse fazendo o pagamento dos servidores públicos na agência do banco em Marechal Deodoro. O dinheiro que deveria ser usado para reforma de escolas e benfeitorias para a população, simplesmente foi sacado em parcelas, sem que houvesse licitação ou sequer qualquer preocupação com a legislação em vigor para gasto de dinheiro do povo. Cristiano apresentou entre as provas, a cópia de um cheque no valor de R$ 211 mil pago à uma empresa de consultoria. Outra denúncia apresentada pelo atual prefeito foi o desvio do dinheiro do servidor público das contas do Fapen – Fundo de Previdência do Funcionário Público. Ao todo, foram desviados mais de 2,2 milhões de reais. Dinheiro que a atual gestão precisou pagar para sair da lista negra do Governo Federal. "Por causa desse rombo, Marechal Deodoro não podia receber dinheiro para a merenda, para o pagamento dos ônibus e até mesmo para compra de remédios", disse o Prefeito."Ao invés de nós gastarmos com obras para o povo, tivemos que comprar tudo isto com recursos próprios do IPTU e ainda pagar os R$ 2,2 milhões que sumiram na gestão anterior", completou. VANDALISMO O Prefeito também apresentou ao delegado Filipe Vasconcelos Correa, um e-mail enviado por um assessor muito ligado ao ex-prefeito acusado de corrupção, Danilo Dâmaso. No e-mail, o ex-assessor e membro importante da campanha do candidato derrotado, dava sugestões à mulher do derrotado, para frases a serem escritas nas faixas que seriam levadas às ruas no próximo dia 15. Também foram apresentadas outras evidências de que vários atos de vandalismo estão sendo orquestrados por toda cidade. Inclusive de que estão trazendo pessoas de outras cidades que recebem R$ 50,00 para vestir uma camiseta preta e participar do ato. MADEIREIRA Em outro e-mail, também escrito pelo ex-assessor e membro importante da campanha do candidato derrotado, há informações preciosas sobre o estoque de madeiras de várias espécies de árvores ameaçadas de extinção e com corte regulamentado pelo Ibama, que estariam armazenadas em galpões de uma madeireira recentemente montada no Trevo da Praia do Francês, em Marechal Deodoro. O e-mail revela que a madeira estaria avaliada em aproximadamente um milhão de reais. Além desta informação, também foi entregue à Polícia Federal, várias fotos de carretas descarregando mais madeira durante finais de semana e feriados. "Gostaríamos que a Polícia Federal investigasse a origem, a legalidade desta madeira e se os devidos impostos estão sendo recolhidos", solicitou o Prefeito ao delegado Filipe Vasconcelos. Depois de ouvir todas as denúncias, o delegado respondeu ao prefeito Cristiano que irá encaminhá-las ao superintendente para que elas fossem distribuídas à outros delegados e suas respectivas equipes de investigação. Quanto a denúncia de suposto vandalismo e pagamento de pessoas para vestir preto e hostilizar autoridades, o delegado respondeu que a Polícia Federal deverá se fazer presente durante a programação de inaugurações de obras e solenidades oficiais. Pois em seu entendimento, é uma festa de repercussão nacional, feita para o povo, cujo brilhantismo não pode ser ofuscado por atos que contrariem a civilidade e a ordem pública.