Com as presenças dos secretários de Infraestrutura, Fernado Cavalcante, do Meio Ambiente, Erikson Melo e da Assistência Social, Iolanda Alcântara, foi realizada na manhã desta segunda-feira, no auditório do Espaço Cultural Santa Maria Magdalena da Lagoa do Sul, a primeira oficina sobre o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS). “Hoje pela manhã nos reunimos com todo pessoal do centro de Marechal, famílias que ainda não possuem residências e alertamos da preocupação não só do governo federal, mas do governo do município, para que as famílias a serem beneficiadas não venham a vender seus imóveis. À tarde estaremos nos reunindo na Associação dos Moradores de Santa Rita”, disse a arquiteta Débora Cavalcante, responsável pela elaboração do plano que vai beneficiar 4 mil famílias que ainda não possuem residências. Venda ilegal No encontro, que corresponde a segunda fase de diagnóstico, foram feitas várias denuncias entre as representantes do centro, que participaram da oficina, dentre elas de mutuários da Terra da Esperança, que venderam os imóveis ganhos e estão tentando ganhar outro. “Essa é a grande preocupação do governo federal, por isso, os imóveis são registrá-los em nome da mulher. As pessoas que realizaram esse negócio ilegal não serão beneficiadas por nenhum programa do governo federal. Já a pessoa que adquiriu o imóvel vai perdê-lo, para que a casa seja entregue a pessoas que realmente necessitem”, disse Débora Cavalcante. Mutirão Uma das soluções encontradas para a construção das casas foi o trabalho em mutirão. “Há a necessidade da participação dos beneficiados. Caso haja pedreiros na comunidade eles podem disponibilizar um tempo para ajudar na construção das residências. Construir a casa com o próprio suor, como diz o adágio popular, dar bem mais responsabilidade. Estamos levando essa idéia para todas as famílias que iremos visitar através das representações dos moradores”, esclareceu a arquiteta. Audiência Pública Segundo Débora Cavalcante ainda este mês deverá ser realizada uma audiência pública com os representantes de todas as associações de moradores de Marechal Deodoro. O objetivo é definir critérios para o início das obras. A compra de terrenos para a implantação do plano vem sendo uma preocupação maior do prefeito Cristiano Matheus. Ao tomar conhecimento do interesse do município pelo terreno para construir casas populares, os proprietários cobram um preço maior do valor real do imóvel. “O prefeito Cristiano, através de sua assessoria, vem mantendo entendimentos com os proprietários de imóveis de Marechal. Acredito que esse impasse seja solucionado, para o bem de todos”, afirmou Débora.