O município de Marechal Deodoro é o primeiro no Estado a desencadear uma mega campanha de conscientização de combate ao trabalho infantil e a exploração sexual. As ações foram iniciadas neste sábado, com a participação de 50 servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos e membros do Conselho Tutelar do município. Na próxima semana a campanha terão reforço do Ministério Público. A secretaria Iolanda Alcântara, da Assistência Social, comandou a campanha, realizada na areia da praia do Francês. Houve a distribuição de chaveiros informativos, com frases de efeito, como “Diga Não à Prostituição”, “Não ao Trabalho Infantil”, “Não às Drogas”, “Não à Violência Doméstica”, “Não ao Abuso Sexual contra crianças e adolescentes”, “Não à Pedofilia e a Violência psicológica”. Estratégia A Secretaria de Assistência Social levou os colaboradores do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do Conselho Tutelar e do Projovem. Os personagens infantis fizeram o sucesso das crianças. "Campanhas educativas como esta são muito importantes. Hoje, infelizmente, tem sido comum vermos os próprios pais colocando os filhos menores na prostituição e no mundo das drogas. Parabéns ao município por fazer o possível para evitar que crianças e adolescentes troquem as salas de aula pelo caminho errado, muitas vezes sem volta ", disse o economista Paulista, de férias em Alagoas, José Barbalho. Mau exemplo Um dos vários maus exemplos registrados no primeiro dia da campanha educativa foi do ambulante José Cícero Florêncio, que reside no bairro de Taperaguá. Ele confessou que, diariamente, leva os dias dois filhos menores para vender fatias de queijo na praia. Ao perceber a presença dos representantes do Conselho Tutelar, J.M.S, de 10 anos, chegou a derramar a brasa na areia da praia, num gesto de ameaça. "No lugar onde moro, em Tapertaguá, o tráfico de drogas é muito grande e eu não vou deixar meus filhos para serem aliciados pelos traficantes. Prefiro trazê-los até a praia para me ajudar. Ninguém vai me impedir de fazer isso", ameaçou o ambulante José Cícero Florêncio. A secretária Iolanda Alcântara considerou satisfatória a abertura da campanha, que não tem prazo para acabar. "Foi muito bom esse primeiro contato de conscientização. O importante é que recebemos o apoio das pessoas que se encontravam na praia. Vamos retornar com ações mais rígidas contra os pais que desobedecerem as determinações da lei", advertiu a secretária de Assistência Social. Se você quiser fazer qualquer denúncia ou alerta é só ligar ara o número: 9336-3739. Não é necessária a identificação.