Moradores e comerciantes estabelecidos na Praia do Francês, não suportam mais a falta de segurança. Eles se reuniram no final da tarde desta quinta-feira, no meio da rua, para discutir o problema e exigir uma solução por parte das autoridades. A revolta foi ainda maior quando tanto o comando local da Polícia Militar, quanto o delegado de Polícia Civil da cidade, simplesmente ignoraram o convite para participar da reunião e não apareceram. A reunião foi organizada pela Associação de empresários do litoral sul – Assert Sul, Associação Comercial de Marechal Deodoro – ACEMDE, e Associação de Moradores do Francês – ACPF. Eles tinham em mãos uma lista de crimes cometidos recentemente na região. Até mesmo crimes hediondos como estupros e latrocínios. "Nossa comunidade jamais foi tão violenta e precisamos de uma ação imediata", gritou um morador revoltado. "Vamos fechar a estrada. Invadir a Prefeitura. Temos que fazer alguma coisa", dizia outro. Uma mulher, com um pedaço de madeira em punho disse que estava disposta a participar do protesto e que iria armada. O representante do Prefeito Cristiano Matheus e comandante da Guarda Municipal de Marechal Deodoro, Capitão Gouveia, única autoridade a atender ao convite para participar a reunião, explicou que a Guarda Municipal é uma força auxiliar de segurança. E que a prefeitura tem feito o que pode para ajudar as polícias civil e militar. Como auxílio na manutenção de viaturas, combustível e até mesmo alimentação para policiais, quando é feita uma escala especial. A revolta dos moradores e a disposição de fechar estradas ou invadir a Prefeitura para chamar atenção do Governo do Estado, responsável pela segurança pública, foi amenizada e adiada depois que surgiu a idéia de que se fizesse na segunda-feira uma audiência pública com a participação da Câmara de Vereadores, em que o Secretário de Segurança Pública fosse convocado. Assim como o delegado de polícia local e o comandante da companhia da PM em Marechal. A audiência pública foi marcada para a próxima segunda-feira às seis horas da tarde, na avenida Verdes Mares (rua da beira da praia). "E se não vierem com propostas concretas, imediatas, nós vamos protestar. Porque ninguém mais aguenta tanta violência", disse um senhor que já foi assaltado duas vezes na porta de seu estabelecimento.