Diversas comunidades terapêuticas religiosas que trabalham com desintoxicação química e reinserção social, além de autoridades religiosas, familiares e políticos estiveram presentes, hoje pela manhã na Fazenda Boa Esperança, núcleo de reabilitação social da Arquidiocese de Maceió, localizada em Marechal Deodoro. Mais de duzentas pessoas compareceram representando diversas entidades terapêuticas, organizações não-governamentais de vários municípios do Estado de Alagoas: a Aliança da Misericórdia, de Marimbondo, a Casa do Bom Samaritano, em Penedo; Juvenópolis, Maceió; Shalom, São Miguel dos Campos; Sarar, Rio Largo; Nova Jericó, Marechal Deodoro, entre outras. Instituições que trabalham a questão religiosa de uma força simples, a de preencher o indivíduo espiritualmente para que ele mesmo junto com o acolhimento do grupo religioso crie forças para superar suas dificuldades e inseguranças e se torne uma nova pessoa a ser reinserida no convívio social. Nítido foi perceber a união dessas forças filantrópicas com as novas secretarias do Estado e Governo Federal com o Ministério da Paz, Ministério Público e governo municipal para o sucesso desse trabalho. Uma das diretoras desses projetos governamentais de apoio ao não-governamentais comentou como é importante mostrar o resultado desse trabalho. “Como é importante unirmos as forças desses trabalhos para o bem de toda uma sociedade”, afirmou a psicóloga que preferiu não ter seu nome divulgado. Depois de 8 meses, uma mulher de vinte e poucos anos, que estava lá, sentia orgulho de si mesma, “já estou trabalhando”, disse ela, porque depois do programa de desintoxicação foi reinserida no convívio social e é recepcionista numa secretaria do Governo. Um dos palestrantes mais esperados no evento, Dom Antônio Muniz, Arcebispo de Maceió, afirmou que as comunidades acolhedoras cristãs não substituem o poder público, mas constituem uma resposta das igrejas católica e evangélica nos desafios da dependência química. O restauro da família e o acolhimento são fundamentais para que o indivíduo estabeleça forças para se refazer como pessoa, disse o Arcebispo. Um dos organizadores do evento, o Missionário Anderson Silva, da Nova Jericó em Marechal Deodoro, disse que as forças para realizar um trabalho como este vem da própria experiência de vida. Representantes da OAB, comissão de Direitos Humanos e Presidente do Fórum de Combate às Drogas, também estiveram presentes.