Janeiro Roxo: Prefeitura de Marechal Deodoro capacita profissionais para identificar sintomas da Hanseníase na população
Durante a próxima semana, a Secretaria de Saúde realizará uma busca ativa para identificar casos suspeitos no município e realizar o diagnóstico precoce da doença
Texto: Izabelle Targino/Fotos: Wellington Alves
Identificar casos suspeitos, realizar o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento da Hanseníase em Marechal Deodoro. É com este objetivo que a Secretaria de Saúde realizou uma formação com os enfermeiros e médicos do município nesta quarta-feira (23). A capacitação foi ministrada pelo técnico em Hanseníase e Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde, Melquizedeck Belo, e contou com a participação de profissionais da Secretaria de Saúde do município de Olho D’Água das Flores.
A capacitação abre a programação do Janeiro Roxo, mês de conscientização sobre a hanseníase, doença crônica, transmissível e que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais. Durante toda a manhã, os profissionais atualizaram os conhecimentos sobre a doença e sobre como identificar casos suspeitos.
Na próxima semana será iniciado o trabalho de busca ativa no município. Este trabalho será realizado pelos agentes comunitários de saúde, que receberam as instruções dos médicos e enfermeiros das Unidades de Saúde sobre como identificar os sintomas da doença na população, como explica a secretária de Saúde de Marechal Deodoro, Tânia Queiroz.
“Esta capacitação de hoje é a primeira etapa da nossa campanha do Janeiro Roxo. Na próxima semana, que é a última do mês, vamos realizar uma busca ativa com os agentes comunitários de saúde para que eles identifiquem as pessoas que tiverem manchas e dormência e encaminhem para avaliação nas Unidades de Saúde do município. Em 2017 tivemos seis casos de hanseníase e ano passado identificamos um. Então sabemos que tem um bacilo circulando no município e nós precisamos identificar quem está doente e tratar. Hanseníase é uma doença crônica, transmissível, mas tem cura e o tratamento é 100% pelo SUS”, disse a secretária.
Alerta para os sintomas da doença
O assessor técnico de Hanseníase e Tuberculose da Sesau, Melquizedeck Belo, ressaltou que qualquer pessoa que observar alguma mancha no corpo, seja ela de qualquer tamanho ou cor, deve procurar a Unidade de Saúde ou relatar para seu agente de saúde.
Manchas no corpo e dormência são os principais sintomas da doença e devem ser avaliadas pelo médico, que irá fazer o diagnóstico da doença.
“As pessoas não devem esconder as manchas. Muita gente diz que não vai mostrar porque é um pano branco, por exemplo. Mas é importante que seja mostrado e aí o médico ou a enfermeira avaliam e vão dizer se é ou não. A hanseníase tem cura e o tratamento é completamente gratuito”, reforçou o técnico da Sesau.
Sobre a Hanseíanse
A hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.
Saiba mais sobre sintomas e transmissão: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hanseniase