Bate-papo com escritoras alagoanas e de renome nacional marcam o primeiro dia de mesas redondas
Durante bate papo, autora Angélica Freitas, falou das inspirações para o lançamento de seus livros
Texto: Sthefane Ferreira / Fotos: Wellington Alves e Rafaela Ferreira
Plateia cheia e muito bate papo marcaram o primeiro dia das mesas redondas da 9ª edição da Festa Literária de Marechal Deodoro (Flimar). Em um auditório montado no Adro do Convento, mulheres alagoanas e de renome nacional se reuniram para bater um papo com o público presente nesta sexta-feira (14).
A conversa iniciou com a jornalista e escritora gaúcha Angélica Freitas, na mesa Poesia e resistência feminina. Sua obra é marcada pelas poesias feministas que escreve. Segundo ela, sua maior inspiração se deu quando passou uma temporada na Argentina e percebeu que todas as suas amigas argentinas tinham orgulho de dizer que eram feministas.
“Eu achei isso incrível, porque no Brasil, minhas amigas e as pessoas ao meu redor jamais falavam isso. Pelo contrário, elas afirmavam não ser feministas, porque aqui a mulher que se diz feminista já é vista como uma mulher que odeia homens”, explicou.
A escritora deodorense Arriete Vilela, presente na mesa Da cacimba à lagoa: Marechal Deodoro na obra de Arriete Vilela, falou da influência de sua infância nas ruas do Centro Histórico de Marechal Deodoro. Arriete falou que viveu na cidade até os nove anos de idade, quando foi para um internato em Maceió, e foi a partir disso que surgiu o amor pela escrita.
“Eu escrevia muitos bilhetes para minha mãe, e lia para outras meninas que estavam lá comigo, e elas sempre se emocionavam muito. Foi aí que percebi o meu jeito para a escrita e me apaixonei pela literatura”, disse.
A escritora ainda falou que após escrever diversos livros sobre sua vida quando criança, decidiu pesquisar sobre infâncias de outras pessoas, e foi quando escreveu o livro “Maria Flor e etc”.
Já a doutora em educação Claudilene Silva, falou da atuação das professoras negras na luta por uma educação anti-racista. Claudilene apresenta uma trajetória de atuação que entrelaça cultura e educação.
Na área da educação, sua experiência tem ênfase na formação de professores. A doutora atua principalmente em relações étnico-raciais no espaço escolar, além de identidade, cultura e resistência negra.
E para encerrar a última mesa do primeiro dia de Flimar, as escritoras alagoanas, Lídia Ramires, Patrycia Monteiro e Sanádia Gama, bateram um papo com o público sobre suas experiências nas editoras alagoanas.
Outras atividades
Além das mesas redondas, o público contou com lançamento de livros de escritores da Imprensa Oficial. Os escritores presentes realizaram um bate-papo sobre suas obras, na Casa de Deodoro.