Ique Carvalho e Matheus Rocha dividem dores e perdas com jovens deodorenses, no Auditório Tavares Bastos
Os escritores vieram pela editora Sextante para contar um pouco do sucesso estrondoso que fazem na internet
Texto: Sthefane Ferreira
Sentir muito é muito difícil. Por isso, os jovens escritores Ique Carvalho e Matheus Rocha escrevem para colocar suas dores e sentimentos para fora. Em uma tarde cheia de bate-papo puderam compartilhar de suas experiências amorosas com os jovens presentes, na tarde deste sábado (24), encerrando o último dia do bate-papo da 8º edição da Festa Literária de Marechal Deodoro.
Os escritores vieram pela editora Sextante para contar um pouco do sucesso estrondoso que fazem na internet. Um sucesso que passou dos posts e likes do Instagram para as páginas dos best-sellers que lançaram recentemente. O bate-papo começou com os escritores comentando os primeiros contatos com a leitura.
Matheus Rocha conta que seu interesse pela leitura vem desde a escola, segundo ele, as escolas que estudou sempre teve competições de quem lia mais livros. Já Ique Carvalho, começou a ler porque sempre gostou muito de filmes.
“Todo mundo sempre me falava que ler era muito melhor que assistir, porque podia imaginar os personagens do jeito que quiser”, disse o escritor.
Para os escritores, sentir é uma sacola muito pesada, e quando eles escrevem e dividem esses sentimentos com seus leitores essa sacola fica mais leve. Ainda completaram dizendo que as pessoas pedem muitos conselhos sobre o amor, mas que eles muitas vezes não sabem o que fazer da própria vida.
Matheus Rocha é formado em Jornalismo e se descobriu nas histórias e nas possibilidades de escrever sobre tudo, inclusive criar novas palavras, fato que deu nome a sua página no Instagram de neologismos.
Os escritores escrevem sobre dores, luto e amor, principalmente as perdas amorosas, que sempre foram algo que os marcaram muito. Ique Carvalho conta que após uma perda amor e achou que seria sua maior dor, alguns dias depois descobriu que seu pai estava com uma doença grave e que poderia morrer em 90 dias. “Foi a partir daí, que eu percebi que aquele término não era a pior coisa do mundo, e que existem perdas piores. Nós precisamos ser mais próximos das pessoas que nos amam de verdade”, disse.
No final do bate-papo, a mensagem que reverberou por toda a Praça Pedro Paulino foi uma só. “A gente precisa se amar primeiro para poder amar o outro. E ao mesmo tempo a gente precisa amar mais o próximo. Estar mais perto mesmo.” E dessa citação não existe autor, Matheus e Ique encerraram o bate-papo assim, instigando a vontade de amar estar vivo e mergulhar nas histórias que eles contam.