Bate-papo com autores deodorenses e sarau marcam primeiro dia do Café Literário
O primeiro dia do Café Literário encerrou com um Sarau dos Poetas Azuis, animando o começo da noite doo primeiro dia da Festa Literária de Marechal Deodoro
Texto: Sthefane Ferreira (estagiaria) / Fotos: Wellington Alves
Plateia cheia e muito bate- papo marcaram o primeiro dia do Café Literário, que aconteceu durante a tarde desta quarta-feira (23) na 8ª Festa Literária de Marechal Deodoro. O primeiro bate-papo foi sobre o tema “Da cacimba à lagoa: memória e espaço em Grande Baú”, de Arriete Vilela, que nasceu em Marechal Deodoro e mudou-se para Maceió com nove anos.
Na conversa com os presentes, Arriete contou um pouco de sua infância e lembranças na cidade, emocionando algumas pessoas da plateia. Falou sobre a história de um de seus livros e a plateia, a maioria estudantes, estavam atentos, se identificando com a história contada.
Por ter uma infância difícil, Arriete contou suas experiências em ter dislalia (é um distúrbio da fala caracterizado pela dificuldade de articulação de palavras e a troca de letras), e o sentimento de solidão por parte dos seus pais. Para ela, voltar a Marechal Deodoro com essas lembranças é algo muito importante, e que se fosse há 20 anos, o sentimento de sofrimento que ela tinha seria mais forte.
“Se eu voltasse há alguns anos, eu iria chorar, porque tive lembranças muito sofridas dessa cidade, por ter dislalia, e por lembrar das discussões dos meus pais, hoje já consigo. Mas apesar de tudo, eu gosto de estar aqui”, disse.
No segundo bate-papo da tarde, “Sol, Sal, Mar”, com a professora Tâmisa Vicente, que convidou o doutor em Turismo Daniel Vasconcelos, foi discutido com sobre o surgimento do turismo no Brasil, e as peculiaridades de cada praia.
Além disso, discutiu como ir à praia faz bem e a importância de ter o cuidado pelo meio ambiente, e natureza. Também foi tratado sobre o porquê dos turistas se interessarem tanto por sol e mar, e muitas vezes esquecerem da importância que a cidade tem, não só Marechal Deodoro, mas em todo o estado. Para ela a Feira Literária de Marechal Deodoro, é um lugar onde isso é muito explorado. “A Flimar é o lugar onde a gente se reconhece nos espaços”, disse a professora.
Literatura Infantil e Sarau
Ainda no café literário, Marília Matsumoto que também é deodorense, falou sobre o que a levou escrever um livro retratando sua infância na cidade. Com muita emoção, ela contou momentos marcantes da sua infância em que viveu na cidade.
O primeiro dia do Café Literário encerrou com um Sarau dos Poetas Azuis e Faype, animando o começo da noite do primeiro dia da Festa Literária de Marechal Deodoro.
Confira os próximos dias de Café Literário:
24 de novembro
14h: “A presença de Alagoas na caricatura brasileira”, com Enio Lins
15h: Bate papo com Gustavo Lacombe
16h: “Direito e Literatura”, com Luciano Guimarães Mata e Luiz Guilherme Lopes
17h: Sarau
25 de novembro
14h: “Repensar Alagoas – um olhar de sustentabilidade”, com Pedro Guilherme e Mateus Gonzalez
17h: Sarau