A 1ª Festa Literária de Marechal Deodoro, que começou na última quarta-feira e vai até este domingo, recebeu mais um grande nome da nossa literatura: o escritor paulista Ignácio de Loyola Brandão, que disse ter ficado encantado com a histórica cidade alagoana. “A cidade é um encanto. Vim olhando, olhando, olhando… aí, fui sendo possuído pelo clima gostoso, de uma gente hospitaleira. Pela energia que senti da platéia espero que isso se multiplique e Marechal possa se igualar a feira de Porto Alegre, que tem mais de 50 anos”, disse o escritor. Sobre a FLIMAR, Ignácio de Loyola destacou a importância para a formação de novos cidadãos. “O evento é importante para mudar a cultura da cidade, do Estado e do Brasil”, destacou Inácio Loiola, que anunciou, com exclusividade, o lançamento da biografia da ex-primeira dama do País, Ruth Cardoso, que deve chegar às livrarias no final do mês. Inspiração Na FLIMAR Ignácio de Loyola Brandão proferiu palestra com o tema: Como escrevemos? O que é inspiração? De onde vêm as ideias, os assuntos e os personagens? “Eu falei sobre inspiração, que é a observação de tudo que está em volta. É o olhar de uma pessoa, um encontro que você tem, é uma doença que você teve; você reflete sobre a vida sobre, a morte. Gostei bastante de ter encontrado um povo que hoje respira o espírito de cidadão, graças ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo prefeito Cristiano Matheus. Devo tudo isso ao convite que me foi formulado por este gigante da cultura alagoana, que é o Carlito Lima (secretário de Cultura de Marechal) e só lamento que não possa demorar mais tempo, porque tenho que retornar a São Paulo”, lamentou o escritor, que assegurou que retornar a Marechal Deodoro na segunda edição da FLIMAR. Ruth Cardoso O escritor também falou sobre o livro que chega às livrarias no final do mês. “Vou explicar a pressa de retornar a São Paulo. É que eu escrevi a biografia da ex-primeira dama do Brasil, Ruth Cardoso, que se chama “Ruth Cardoso, fragmentos de uma vida”. Deverei lançá-lo no final deste mês. A Ruth era da mesma cidade que eu, Araraquara. Fui escolhido para fazer essa biografia e foi um prazer mergulhar durante dois anos na história dessa mulher. O livro está pronto e eu tenho que está em São Paulo para produzir legendas e escolher fotografias e fazer as notas de páginas. Então, eu vim e volto, mas dei meu recado já hoje. Escolhi setembro para lançar o livro porque ela (Ruth) faria 80 anos. Confesso que vocês estão sendo os primeiros a saber do lançamento da vida dessa grandiosa mulher”, afirmou o escritor. Obras do autor: Contos: Depois do sol, Brasiliense, 1965 Pega ele, Silêncio, Símbolo, 1976 Cadeiras proibidas, Símbolo, 1976 Cabeças de segunda-feira, Codecri, 1983 O homem do furo na mão, Ática, 1987 O homem que odiava segunda-feira, Global, 1999 Romances: Bebel que a cidade comeu, Brasiliense, 1968 Zero, Brasília/Rio, 1975 Dentes ao sol, Brasília/Rio, 1976 Não verás país nenhum, Codecri, 1981 O beijo não vem da boca, Global, 1985 O ganhador, Glogal, 1987 O anjo do adeus, Global, 1995 Infanto-juvenis: Cães danados, Belo Horizonte Comunicações, 1977. Reescrito e publicado com o título "O menino que não teve medo do medo", Global, 1995. O homem que espalhou o deserto, Ground, 1989 Viagens: Cuba de Fidel: viagem à ilha proibida, Livraria Cultura, 1978 O verde violentou o muro, Global, 1984 Relatos autobiográficos: Oh-ja-ja-ja (Diário de Berlim, inédito em português). Tradução de Henry Thorau. LCB, 1982 Veia bailarina, Global, 1997 Cartilha: Manifesto verde, Círculo do Livro, 1985 e Ground, 1989 Crônicas: A rua de nomes no ar, Círculo do Livro, 1988 Strip-tease de Gilda, Fundação Memorial da América Latina, 1995 Sonhando com o demônio, Mercado Aberto, 1998 Biografias: Fleming, descobridor da penicilina, Ed. Três, 1973 Edison, o inventor da lâmpada, Ed. Três, 1973 Ignácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, Ed. Três, 1974 Antologia: Os melhores contos de Ignácio de Loyola Brandão, organização de Deonísio da Silva, Global, 1994 Traduções: Para o alemão: Null (Zero), Suhrkamp, 1979 Kein land wie dieses (Não verás país nenhum), Suhrkamp, 1984 Para o coreano: (Zero), Seto, 1990 Para o espanhol: Cero (Zero), Galba, 1976 El hombre que espandió el desierto (O homem que espalhou o deserto), Global – México, 2000 Para o húngaro: (Zero), JAK, 1990 Para o inglês: Zero, Avon Books, 1983 And still the earth (Não verás país nenhum), Avon Books, 1984 Teeth under the sun (Dentes ao sol), Dalkey Archive Press, 2007 Para o italiano: Zero, Feltrinelli, 1974 Non vedrai paese alcuno (Não verás país nenhum), Mondadori, 1983 Vietat le sedie (Cadeiras proibidas), Marietti, 1983 Adaptações: Para o teatro: Não verás país nenhum. Direção de Júlio Maciel, Fortaleza, Teatro José de Alencar, 1987 (baseado no romance homônimo) Para o cinema: Bebel, a garota-propaganda. Direção de Maurice Capovilla, 1986 (baseado no romance Bebel que a cidade comeu) Anuska, manequim e mulher. Direção de Francisco Ramalho, 1969 (baseado no conto Ascensão ao mundo de Annuska"). Dados extraídos de livros do autor, da Internet e dos Cadernos de Literatura Brasileira, Instituto Moreira Salles, São Paulo
Ignácio de Loyola faz palestra na FLIMAR e anuncia lançamento do livro “Ruth Cardoso fragmentos de uma vida”
- Notícias
- 5 de setembro de 2010