O município de Marechal Deodoro foi o primeiro no estado a antecipar a vacinação contra a poliomielite, que será desencadeada em todo Estado, no próximo sábado, dia 14. A partir desta quarta-feira, todos os postos de saúde do município estão vacinando crianças da faixa-etária de 1 a 5 anos. Segundo o secretário municipal de Saúde, Sival Clemente, a expectativa é de que aproximadamente 6 mil crianças deodorenses sejam vacinadas. A pesar de doença ter sido erradicada há 21 anos, há uma necessidade de se realizar, anualmente, ações preventivas para impedir que crianças sejam vitimas de paralisia infantil e cheguem até o óbito, conforme ocorria há mais de duas décadas. “Nessa ação preventiva de combate a poliomielite, que causa a paralisia infantil, pretendemos vacinar 1.077 crianças com a faixa-etária de até 1 ano e 4.714, de 1 a 5 anos. O dia “D” de vacinação é no dia 14, mas nós, preocupados com a redução da mortalidade infantil, onde o município atingiu 50% na redução dos óbitos, resolvemos antecipar as ações preventivas que começam hoje em todos os postos de saúde do município. Estamos utilizando até a unidade móvel para chegar às famílias que residem em locais de difícil acesso”, garante o secretário Sival Clemente. O que é a poliomielite? A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença infecto-contagiosa viral aguda. Ela atinge principalmente crianças de até 5 anos e pode se caracterizar por paralisia, principalmente dos membros inferiores. A pólio pode deixar seqüelas graves e, em alguns casos, levar à morte. Como Age? A doença é transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. O vírus é carregado pelas fezes e pelas gotículas expelidas durante a fala, a tosse e o espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene pessoal e de saneamento na moradia e concentração de muitas crianças na mesma casa favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão pode ocorrer durante o período de incubação. Sintomas São variáveis e, de 90 a 95% dos casos, a pólio não apresenta sintoma algum. Nos casos em que há paralisia, ocorre: instalação súbita da deficiência motora, febre, paralisia, principalmente dos membros (com mais freqüência, os inferiores), flacidez muscular e diminuição ou ausência de reflexos profundos na área paralisada. A sensibilidade do local é mantida. Na maioria dos casos, os sintomas não ultrapassam três dias, mas pode haver seqüelas. Alguns dos casos, em que a paralisia é severa, são fatais. Como evitar? A prevenção é feita através da vacinação, que garante proteção contra a doença pela vida toda. A vacina, chamada Sabin, é aplicada oralmente. São três doses, tomadas com um intervalo de pelo menos 30 dias entre elas. A proteção começa após a terceira dose. A quem recorrer? Graças às campanhas de vacinação, a doença está erradicada no Brasil. O último caso foi registrado em 1989 – mas a vacinação é necessária porque a pólio ainda existe em outros países, e há risco de retorno da doença para o Brasil. Se houver suspeita de contágio, deve-se procurar um hospital que, através de exame de fezes, fará o diagnóstico da doença e seu suporte. ATENÇÃO: As informações presentes no texto jornalístico acima são informações gerais sobre o assunto e não o esgotam, sendo descritas em literatura médica. Desta forma não devem ser utilizadas para qualquer tipo de diagnóstico ou automedicação. Em caso de qualquer dúvida ou suspeita de sintomas, procure um posto de saúde imediatamente.