O trabalho desenvolvido pela força-tarefa de secretários funcionou e as famílias desalojadas reconheceram o trabalho da equipe comandada pelo prefeito Cristiano Matheus. Com as fortes chuvas que caíram na sexta e boa parte do sábado, 96 famílias tiveram que deixar suas casas. Graças à ação rápida dos secretários Fernando Cavalcante, Iolanda Alcântara, Erikson Melo e Sival Clemente, que estiveram à frente da força-tarefa, a resposta da Prefeitura foi imediata e as famílias receberam toda estrutura necessária, como cestas básicas, colchões, lençóis e assistência médica. Segundo dados da Secretaria de Assistência Social 277 pessoas, sendo 167 crianças e 110 adultos foram atingidos. “Realmente foi uma situação de emergência, já que a chuva não deu trégua na sexta. Mas conseguimos, com muita força de vontade atender a determinação do prefeito Cristiano e tenho plena convicção que as famílias, apesar dos transtornos, reconhecem que o trabalho foi feito com coração”, explica secretária Iolanda Alcântara, da Assistência Social. As famílias vítimas das últimas chuvas que inundaram várias comunidades foram unânimes em afirmar que estão recebendo total apoio do município, a exemplo da senhora Maria das Dores da Conceição, de 102 anos. Ela é moradora da Rua São Vicente, que margeia a lagoa Manguaba, uma das comunidades mais atingidas e que resultou no maior número de desabrigados. “Todos os anos é a mesma coisa, mas pelo menos agora nós estamos tendo uma melhor assistência. Não está faltando comida, nem agasalho e nem doutor. Só espero que o prefeito Cristiano faça diferente dos outros e resolva de uma vez por toda a situação dessas pessoas que moram à beira da lagoa. Estou no fim da vida, mas espero que antes de morrer eu tenha o meu ranchinho, construído pela Prefeitura”, disse a centenária Maria das Dores, que está tendo um tratamento diferenciado, incluindo a papa em sua alimentação. Além das unidades de ensino como Associação dos Moradores do conjunto José Dias, na Terra da Esperança, que recebeu 57 pessoas (28 adultos e 29 crianças), existem ainda pessoas que estão alojadas em residências de familiares e em locais alugados pela Prefeitura. A Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou todos os profissionais que atuam no Programa Saúde da Família (PSF) para prestar assistência aos desabrigados que, além da cesta básica, estão recebendo colchões, lençóis e medicamentos. Confirmam assistência Lenilza Bianor da Silva, 34, é moradora da Poeira. Ela, juntamente com os filhos menores e o marido pescador, está abrigada em um galpão no bairro da Poeira. “Não tenho que fazer nenhuma crítica, porque estamos recebendo toda a assistência do município, no que diz respeito à alimentação e até medicamentos. Agora, só esperamos que o prefeito encontre um local para que possamos ficar definitivamente livre desse vai e vem, quando acontece a enchente. Aqui, nós estamos sendo bem tratadas. As crianças estão sendo assistidas por médicas e recebendo medicamentos”, afirmou Lenilza. Antônia da Conceição, 23, mãe de três filhos, outra desabrigada reside no Beco da Anastácia, destacou o sofrimento que passa há anos. “Já perdi a conta das vezes que saímos de casa. Só esperamos que tudo isso acabe e que possamos ter nossa residência, conforme garantiu o prefeito. Com nossa casa livre da enchente não vamos mais incomodar ninguém”, desabafou. Assistência chega de barco A determinação do prefeito Cristiano Matheus é de não deixar nenhuma vítima das chuvas sem assistência. Por esse motivo é que a secretária Iolanda Alcântara levou mantimentos, de barco a motor até a comunidade do Riacho, no outro lado da lagoa. “Vamos até a essa comunidade de barco, porque não temos com chegar em outra condução. Teremos que fazer uma avaliação dessas vítimas da chuva para melhor assisti-las. Desde sexta-feira que não paramos e só vamos descansar quando resolvermos a situação de todos os desabrigados. São 30 famílias que lá existem e estamos conduzindo 30 cestas básicas para essas pessoas”, disse a secretária.