“As queimadas e a destruição das áreas de restinga, causadas pelo homem, vêm colocando em risco a vida de animais silvestres”. O desabafo é do ambientalista e secretário do Meio Ambiente de Marechal Deodoro, Erikson Melo, que no último final de semana, graças a uma denúncia, conseguiu salvar um Quandu, (conhecido também como Porco Espinho de Cauda), animal em extinção, que seria consumido por moradores do povoado Cabreira, onde animal foi encontrado por adolescentes. “Quando chegamos ao local pessoas já estavam com água na panela, para matar o animal. Para resgatar o Quandu contamos com o apoio da Guarda Municipal. Após tomá-lo das mãos dos moradores soltamos o animal em uma área da Mata Atlântica, ainda não depredada pelo homem O Quandu retornou ao seu habitat”, disse o secretário, que está preocupado com a extinção das espécies silvestres. “Soltamos o animal na reserva de Carobas, uma reserva da Mata Atlântica pertencente a Usina Sumaúma, que possui um programa de preservação da Mata”, acrescentou o secretário, que disponibilizou o número 9607-1116 para qualquer denúncia ou sugestão referente aos animais ou a natureza. Ericson Melo diz que a participação da população, com denuncias, é fundamental para que a Secretaria do Meio Ambiente possa evitar a extinção desses animais. Histórico Mamífero da ordem dos roedores, também conhecido como porco-espinho de cauda, o Quandu que habita as matas da Amazônia é pouco visto pelos próprios moradores das áreas rurais. Esses animais costumam se deslocar à procura de alimentos no período noturno. Eles costumam se esconder durante o dia em troncos de arvores espinhosas, nos charcos de matas e capoeiras. Os espinhos do Quandu não podem ser atirados como dardos contra o inimigo como muitos pensam, mas largam facilmente do corpo e causam perfurações que infeccionam com rapidez. Predadores que se arriscarem um ataque ao Quandu, podem morrer com os espinhos espetados na boca, como é o caso dos cães de caça.
Meio Ambiente resgata Porco Espinho que iria parar na panela de moradores de Cabreira
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- 15 de março de 2010