Numa parceria entre a Prefeitura de Marechal Deodoro, Governo do Estado, Correios e a Sociedade Nossa Senhora do Bom Conselho, foi lançado nesta terça-feira, no auditório do Espaço Cultural, em Marechal, o Catálogo do Museu Diocesano Dom Ranulpho. A solenidade contou com a presença do bispo de Maceió, D. Antônio Muniz. A mesa foi composta pelo vice-prefeito Petrúcio Soares, bispo Dom Antônio Muniz, secretário estadual de Cultura, Álvaro Vasconcelos, que representou o governador Teotonio Vilela, a museóloga, Carmem Lúcia Dantas, diretor dos Correios, Carlos Roberto, presidente da Sociedade Nossa Senhora do Bom Conselho, Francisco José Rodrigues de Alencar, secretário da arquidiocese de Maceió, padre João Neto. O evento foi presidida pelo vice-prefeito Petrúcio Soares, que representou o prefeito Cristiano Matheus, que passou o dia finalizando toda a documentação que será entregue nesta quarta-feira, no Ministério das Cidades, em Brasília. O secretário de Cultura do município, Carlito Lima, abriu a solenidade destacando a iniciativa do prefeito Cristiano Matheus, que através das secretarias do Planejamento e da Cultura, realizaram a parceria com os Correios, Governo do Estado e Sociedade Nossa Senhora do Bom Conselho, que culminou com a edição do catálogo, um veículo a mais para a divulgação do município, junto a entidades culturais do país que cultivam a preservação das obras barrocas. As peças encontradas durante o trabalho de recuperação do museu datam dos séculos XVIII e XIX, obras seculares que estavam escondidas por traz de outras pinturas e que só foram descobertas graças à habilidade e técnica dos especialistas coordenados pela museóloga Carmem Lúcia Dantas. Com projeto elaborado pela museóloga Carmem Lucia Dantas, o Catalógo do Museu Arquidiocesiano Dom Ranulpho, anteriormente chamado de Museu de Artes Sacras de Marechal Deodoro, elaborado em 80 páginas, em papel coche, com textos de Dom Antônio Muniz e fotografia de Celso Brandão, com produção fotográfica de Rogério Gomes, mostra as obras barrocas encontradas por trás de pinturas e que foram recuperadas habilmente, resultando na confecção do catálogo que representa a manutenção da história religiosa desde o século XVIII, a exemplo das imagens de Nossa Senhora do Rosário e de Santa Maria, feitas em madeira policromada. Escultura de vários blocos de cedro fixado com cravos de ferro e cola. Descobrimento histórico Ao fazer uso da palavra a museóloga Carmem Lúcia externou sua satisfação na descoberta das 50 imagens seculares, que estavam escandidas por trás de paredes e que através das imagens fotográficas passaram a se eternizar através do catálogo. “Me sinto feliz porque o texto desse trabalho foi feito pelo bispo Dom Antônio Muniz, que não é só um conhecedor da religião, mas se destacou no seu conhecimento pela arte”, disse Carmen Lúcia. Restauração do homem O bispo dom Antônio Muniz, ao agradecer a todos que participaram da elaboração do Catalógo, destacou a importância do resgate da história sacra do museu, através da publicação do Catálogo. “Temos a fazenda Esperança, onde realizamos um trabalho semelhante, onde as peças são homens vitimas das drogas e do álcool e que estão excluídos da sociedade e que nós estamos lapidando, fazendo com que se recupere a alta estima, através do trabalho profissionalizante, para que possa retornar à sociedade, livres dos intempéries que a vida lhe reservou. Vamos, também, implantar nesse município a fazenda Esperança para atender só a pessoas do sexo feminino, vitimas dos mesmos problemas causados pelas drogas e pela prostituição”, disse D. Antônio Muniz que, ao encerrar o lançamento do catálogo, anunciou que cada unidade do catálogo deverá ser vendida por R$ 10.00, para que outras imagens possam ser recuperadas. Os catálogos ficarão expostos na Casa de Deodoro, onde poderão ser adquiridos.