Liderados pelo padre Lucas Xisto Vilela e ao som da filarmônica Manoel Alves milhares de católicos percorreram as ruas de Marechal Deodoro, numa demonstração de fé, que marcou o encerramento das festividades alusivas ao Senhor do Bonfim. A procissão, que saiu do bairro Taperaguá, tendo a frente a imagem de Nossa Senhora das Dores e do Senhor do Bonfim, percorreu as principais ruas do povoado até a capela de Senhora Santana, quando o cortejo religioso retornou à igreja do Senhor do Bonfim, onde foi realizada uma missa encerrando oficialmente as homenagens ao santo. O nome da festividade é uma referência aos três reis magos, Baltazar, Gaspar e Melchior – que levaram presentes a Maria, na manjedoura. As comemorações, que têm início no dia 24, se estendem até o dia 6, data em que tradicionalmente são desmontados os enfeites natalinos. Segundo Nelson Oliveira Santos, presidente da Comissão Organizadora da festa, as homenagens ao Senhor do Bonfim vêm sendo realizadas há mais de um século e a cada ano mais fiéis participam das comemorações. “Este ano a festa foi muito boa. Começou no dia 1º com a realização de uma missa e em seguida foi realizado um leilão, com produtos ofertados pela própria comunidade e os recursos adquiridos são revertidos em benefício da igreja. Todos os dias tivemos leilões e hoje aconteceu o bingo de um carneiro”, disse Nelson Oliveira. Fé em Deus Dezenas de fiéis acompanharam o cortejo religioso descalços, como forma de pagamento de várias promessas por eles alcançada, como foi o caso da senhora Maria Francisca dos Santos, 73, que teve uma graça alcançada por sua filha ter sido curada de uma enfermidade. Outras mães vestiram os filhos menores em traje de anjo. Também para o cumprimento de promessas. Um parque infantil foi montado em frente à igreja, onde a criançada pode se divertir e degustar várias iguarias expostas à venda, além de barracas que comercializaram bebidas e petiscos. “Graças a Deus todos os anos eu vendo meu churrasquinho e ganho um pouco mais para ajudar nas despesas da casa”, disse o ambulante José Francisco.