Representantes de sindicatos de diversas categorias de servidores da área de saúde de Marechal Deodoro, estiveram reunidos ontem com o Prefeito Cristiano Matheus. Eles pedem reajuste dizendo que há mais de 8 anos sequer haviam sido atendidos pelo Prefeito. Cristiano Matheus respondeu que, agora, não pode assinar aumento salarial.
Os servidores disseram na reunião que acham importante a auditoria que foi feita na folha de pagamento e que o resultado será divulgado nos próximos dias. Segundo eles, havia situações em que pessoas ligadas politicamente a governantes anteriores, eram presenteados com abonos e gratificações em seus salários. E isto acabava prejudicando o servidor sério que cumpria seu horário e suas obrigações como profissional.
Durante a explanação feita pelos representantes dos sindicatos dos dentistas, agentes de saúde e enfermeiros, também foi relatada a situação de trabalho dos profissionais. E por fim, pediram um reajuste salarial, sem especificar percentual.
O Prefeito ouviu atentamente e respondeu que a estrutura física da saúde está sendo melhorada e, consequentemente as condições de trabalho dos servidores. Ele lembrou que recentemente trocou a direção do Hospital 24 horas e o hospital está recebendo obras de reparo. Nas próximas semanas o pronto-socorro deverá ter as obras de reforma iniciadas. E também três postos de saúde serão reformados nos próximos dias.
A respeito do aumento dos salários, Matheus explicou que quando assumiu a prefeitura, também assumiu a folha de dezembro e o 13o. que estavam atrasados. E logo nos primeiros dias de sua administração ele também teve que pagar o salário de janeiro. E tudo isto, sem dinheiro em caixa e sem crédito no banco ou no comércio. Foi o dinheiro do IPTU quem possibilitou que a prefeitura fizesse os primeiros pagamentos. E para piorar ainda mais a situação, por conta de uma irregularidade de R$ 3,8 milhões no dinheiro do Fapen – Fundo dos Servidores, o nome da Prefeitura de Marechal constava no Cadastro Nacional de Inadimplentes – Cadin. E por isto não podia receber verba federal para a merenda escolar e compra de medicamentos, por exemplo.
Cristiano disse ainda que o quadro piorou quando o Governo Federal diminuiu a participação do FPM de todos os municípios. Ele lembrou que Maribondo teve que fechar as portas da prefeitura. Rio Largo demitiu 400 funcionários e várias cidades do sertão estão sem saldar suas folhas de pagamento. "E parece que também vão reduzir a verba do Fundeb, dinheiro da educação", completou Cristiano.
Por todas estas razões, disse o prefeito, o município não pode agora conceder aumento aos servidores. "Vamos continuar atentos às mudanças que o Governo Federal está propondo. Vamos ver o tamanho da redução que eles querem fazer. Vamos somar isto às perdas de R$ 400 mil que Marechal está tendo todos os meses. Vamos ver o que significa o corte na folha depois da auditoria. Vamos fazer as contas para podermos sentar novamente", concluiu Cristiano.