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Cristiano avisa que haverá cortes e demissões

O Prefeito Cristiano Matheus reuniu seu secretariado e alguns diretores da Prefeitura de Marechal Deodoro, na sexta-feira a tarde. Ele avisou que a equipe de auditoria concluiu o "pente fino" na folha de pagamento. Com isto ele será obrigado a fazer severos cortes. Também haverá demissão de cargos comissionados e o salário dos secretários e diretores será reduzido.
Matheus lembrou que quando assumiu a prefeitura não havia dinheiro em caixa, o salário e o 13o. dos servidores estava atrasado. Os fornecedores também reclamavam que não estavam recebendo e a prefeitura não tinha crédito na praça.
E para piorar a situação, o nome de Marechal Deodoro já estava cadastrado no Cadin, uma espécie de SPC do Governo Federal, por conta de um rombo nas contas do Fapen, que é um fundo de pensão dos servidores municipais. Isto significou que todas as compras de remédios, merenda escolar, alimentação dos pacientes nos hospitais e os projetos de assistência social, tiveram que ser bancadas com recursos próprios da prefeitura. Todo dinheiro de repasses de FPM e de arrecadação do IPTU foram gastos nestas ações nos primeiros meses desta administração.
O Prefeito explicou também que o Governo Federal reduziu o FPM de muitos municípios, inclusive de Marechal Deodoro. Com esta redução, a cidade deixa de receber quase R$ 400 mil por mês. E como não bastasse, também há a notícia de que o Governo Federal ainda pretende reduzir a verba do Fundeb – Fundo Nacional do Desenvolvimento do Ensino Básico, dinheiro todo destinado a educação. O quadro mostra que as finanças do município precisam ser ajustadas imediatamente.
Há mais de um mês o prefeito havia feito uma reunião com o secretariado e pediu cortes nas despesas. Ele foi atendido. Mas ainda não é o suficiente. Para dar um exemplo melhor do volume de pagamentos que a prefeitura faz todos os meses, Cristiano colocou sobre a mesa vários processos de compras e pagamentos à fornecedores e disse que as prioridades do município hoje são manter os projetos assistenciais, merenda escolar, transporte escolar, alimentação do hospital, compra de remédios e investimentos em infraestrutura básica e manutenção.

FOLHA DE PAGAMENTO

Durante a reunião, o prefeito também lembrou que assim que assumiu a administração, determinou um recadastramento de todos os servidores. Ele queria saber onde estavam os cerca de 2.500 funcionários da prefeitura que significam um gasto de R$ 2,9 milhões por mês. E o prefeito também determinou uma auditoria na folha de pagamento. Esta auditoria foi feita por uma empresa especializada, acompanhada por uma comissão de funcionários de diversos setores e também acompanhada pelo presidente do sindicato dos servidores.
A auditoria concluiu que muitos funcionários estão recebendo um salário mensal acima do estipulado por lei. Os detalhes da auditoria serão revelados aos servidores pela própria comissão que acompanhou o trabalho. Mas sabe-se desde agora que há caso de servidores que prestaram o concurso para a mesma função, com a mesma carga horária e tem o mesmo grau de instrução. Porém, um recebe salário de R$ 1.700,00 enquanto o outro recebe salário de R$ 720,00
Também há o caso de uma pessoa que prestou concurso para a função de mestre de obras. E que atualmente recebe um salário acima de R$ 2.500,00 como professor. Também há casos de pessoas cujo nome estão na folha de pagamento. Porém, não possuem ficha funcional nos arquivos do RH ou tão registro de que tenham sido aprovados em concurso público. Ou muito menos portaria de nomeação.
"Todos estes detalhes serão divulgados pela comissão que acompanhou a auditoria. Mas por aí vocês tem uma noção do tamanho do corte que haverá na folha e a reação das pessoas que estavam recebendo de forma ilegal. Podemos até esperar gente reclamando na porta da Prefeitura. Mas a população irá saber que agora o dinheiro público está sendo aplicado com responsabilidade", completou Matheus durante a reunião.

DEMISSÃO DE CARGOS COMISSIONADOS

Outro ponto citado na reunião foi o corte no número de cargos comissionados. Segundo o prefeito, pelo menos 120, dos 190 cargos comissionados deverão ser cortados. Ele explica que os servidores comissionados são necessários para o bom andamento da máquina pública. E que nesta administração eles foram escolhidos por critérios técnicos e de competência para suas funções. Mas que os cortes se fazem mais necessários ainda devido à inevitável atitude de cortar despesas imediatamente. "Temos que cortar a própria carne. Pois acreditem, é mesmo necessário", lamentou Cristiano.
Outra medida de economia que será tomada pelo prefeito é a redução do salário dos secretários e diretores. O detalhamento das exonerações e cortes, deverão ocorrer até o final da próxima semana.

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